Bacteriose na goiabeira (Erwinia psidii)

Fonte: TORRES FILHO.



Hospedeiro
Psidium guajava 

Agente causal
Erwinia psidii 


Sintomatologia
Os sintomas normalmente aparecem nas extremidades de ramos novos, nas flores, nos frutos jovens e nas folhas adultas. Mudas enviveiradas também podem ser atacadas, mas sem ocorrer a morte das plantas. O patógeno infecta os ramos pouco lignificados e as brotações, evoluindo em direção à parte apical ou a parte basal, cessando seu desenvolvimento ao encontrar tecidos mais velhos. Nas cultivares mais susceptíveis, os ramos chegam a secar. Os brotos afetados exibem coloração pardo-avermelhada, seguida de um murchamento repentino. Em folhas mais velhas, a nervura principal e a região foliar circunvizinha também apresentam coloração pardo-avermelhada ampliando-se nas proximidades do ápice da folha. Posteriormente, a folha pode adquirir coloração pardo-avermelhada secar, porem, mantendo-se aderida ao ramo. 


Etiologia
A doença assume maior importância em ambientes com temperatura e umidade elevadas que favorecem a disseminação e a penetração do patógeno. Adubações nitrogenadas em excesso, principalmente na forma de ureia, favorecem o desenvolvimento da doença. As lesões causadas pelos tratos culturais, abrasões por grão de areia, insetos e injúrias naturais são os principais meios para penetração do patógeno. Muito cuidado com mudas infectadas e uso de ferramentas, pois se constituem em condições ideais para disseminação da fitomoléstia. Os respingos da chuva, a irrigação e também algumas pragas podem disseminar a doença dentro do pomar. 


Controle
Medida de exclusão com o objetivo de impedir a chegada da bactéria na plantação é uma ação que não pode ser relegada a segundo plano. Dessa forma, recomenda-se o plantio de mudas sadias, produzidas em viveiros fiscalizados, evitar todo tipo de material contaminado pela doença por se constituir potencial fonte de inóculo e disseminação. Se a doença já estiver estabelecida: evitar a irrigação por aspersão, por esse tipo de irrigação molhar as folhas, aumentando a umidade e favorecendo a doença e sua disseminação; conduzir as plantas com formação de taça aberta, para bom arejamento, insolação intensa e penetração da calda de defensivos agrícolas no interior da copa; podar todos os ramos das plantas atacadas pela bactéria, retirá-los do pomar e queima-los; desinfetar as ferramentas de poda. 


Referências
Junqueira, N. T. V. et al. Doenças da goiabeira no cerrado. Ministério da agricultura e do abastecimento. Circ. Téc - Embrapa cerrados, 2001.



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