Murcha bacteriana do tomateiro (Ralstonia solanacearum)
Fonte: TORRES FILHO.
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Hospedeiro
Tomateiro (Solanum lycopersicum)
Agente causal
Ralstonia solanacearum
Sintomatologia
A murcha bacteriana é uma das principais doenças das solanáceas em países de clima tropical e subtropical. Os sintomas mais comuns é a murcha da planta de cima para baixo, devido a interrupção parcial ou total do fluxo de água desde as raízes até o topo da planta. Pois ao infectar a planta, a bactéria se aloja nos vasos condutores de água. O ambiente favorável a doença é caracterizado como quente e úmido (LOPES, 2009).
A murcha inicia-se pelas folhas mais novas, principalmente nas horas mais quentes do dia. Com o progresso da doença, a murcha atinge toda planta de forma irreversível. A doença pode se manifestar em qualquer estádio de desenvolvimento da planta, embora seja mais comum por ocasião da formação do primeiro cacho de frutos (LOPES, 2009).
Etiologia
É considerada uma bactéria baciliforme, gram-negativa, não forma endósporo, move-se por meio de um tufo de flagelos polares e forma colônias esbranquiçadas em meio de nutriente ágar. Os maiores índices da doença ocorrem em solos pesados, úmidos e em temperaturas do solo entre 24 e 35 °C. A planta pode ser infectada e não apresentar sintomas (KIMATI, et al, 1997).
Controle
O controle é muito difícil, dependendo em grande parte das boas práticas de manejo da cultura. Os métodos mais utilizados no sentido de controlar a doença são: plantio em áreas sadias; uso de variedades resistentes; isolar focos iniciais de contaminação; rotação de culturas utilizando leguminosas e desinfecção de materiais de trabalho (NASCIMENTO, 2005).
Segundo Nascimento (2005), em sua dissertação de mestrado, um método eficiente de controle seria a incorporação da raspa de mandioca, neem indiano e citronela ao solo.
Referencias
KIMATI, H. et al. Manual de Fitopatologia: Doenças das Plantas Cultivadas. v.2. São Paulo: Agronômica Ceres. 1997.
LOPES, C. A. Murcha Bacteriana ou Murchadeira - Uma Inimiga do Tomateiro em Climas Quentes. Comunicado técnico 67. Brasília, 2009. Disponível em: <https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/782934/1/cot67.pdf>. Acesso em: 17 dez. 2017.
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